O aguardado game da Crytek, Crysis 2, já tem data de lançamento marcada, e é bom ficarmos ligados no que está vindo por ai. O game não será mais exclusivo do PC, e agora terá também suas versões de console, além disso, os gráficos prometem serem mais arrasadores do que os de seu antecessor.
A cidade que serve de cenário para o jogo, Nova York, também serviu de palco para o anúncio dos primeiros detalhes de Crysis 2.
Segundo Cevat Yerli, CEO do studio Crytek, o fato de Crysis 2 estar nos consoles, e não apenas no PC como o primeiro jogo, serve apenas para torná-lo mais accessível, deixando os jogadores satisfeitos em qualquer plataforma que escolhessem jogar. “O desafio não está exatamente em diminuir a qualidade gráfica e sim em fazer uma jogabilidade única para consoles e PCs, sem dar a impressão de perder alguma coisa. A expêriencia toda tem de ser top de linha”, explicou Yerli.
Os efeitos gráficos mais complexos, como iluminação difusa e contornos perfeitos, serão únicos para os PCs, mas o desafio de equilibrar a performance e a qualidade visual foi prioridade para os desenvolvedores. “Nosso objetivo é a marca de 30 frames por segundo. Não haverá nada abaixo disso. Ainda estamos progredindo nisso. Estou até feliz que o jogo está funcionando. Acho que, com o tanto que estamos exigindo [do Xbox 360], o resultado que conseguimos me deixa em uma posição bem feliz agora”, diz o CEO.
A escolha de Nova York como cenário para o jogo foi uma forma de melhorar a relação do jogador com a história. Em vez de se passar em uma ilha paradisíaca no meio do nada, Crysis 2 levará ao jogador a uma das capitais mais reconhecidas do mundo. O produtor executivo do jogo, Nathan Camarillo, explicou que, apesar do clichê, está confiante de que a cidade irá se destacar. “Esta é a melhor coisa sobre Nova York, porque ela tem todas essas histórias para contar e você sente que é possível contar todo tipo de história neste espaço”.
Uma das formas que a Crytek encontrou para melhorar a narrativa de Crysis 2 foi a contratação do autor de ficção científica britânico Richard Morgan, que escreverá a trama. Além de ser um ávido jogador, Morgan declarou acreditar no “potencial massivo” dos videogames de contar história, com tanta relevância quanto a atribuida ao cinema ou até livros.
O autor declarou que a história de Crysis 2 terá a combinação de três elementos principais. O ponto de vista do protagonista, Nomad, e sua missão de enfrentar a invasão alienígena, a narrativa da “Nanosuit 2”, o exoesqueleto que dá poderes sobre-humanos ao personagem, que terá surpresas e segredos. Finalmente, a história da cidade de Nova York e sua transformação de uma metrópole agitada para uma selva urbana em ruínas. Morgan deixou bem claro que gosta de fazer histórias imprevisíveis com reviravoltas e surpresas.
Dois aspectos essenciais que mudarão a forma do jogador se envolver com a história, inclusive, será a caracterização dos antagonistas. A organização militar privada Crynet Systems ainda estará contra o jogador, perseguindo seus objetivos nefastos de tomar posse do armamento alienígena, mas irá colaborar na luta contra a invasão. Os alienígenas, por sua vez, terão forma mais humanóides, e será mais fácil para o jogador perceber a intenção de seus movimentos, dando a eles mais personalidade.
Nathan Camarillo explicou também que as três principais facetas da jogabilidade serão a verticalidade e a destruição do cenário, as capacidades da “Nanosuit 2” e o dinamismo da inteligência artificial, que usará movimentação estratégica para se proteger e será capaz de interagir com o cenário de maneira defensiva e ofensiva.
“A verticalidade da selva urbana vai criar uma experiência mais atraente. Destruição, interação, verticalidade e gráficos altamente fiéis são todos possíveis nos consoles e, aproveitando esses aspectos, pudemos criar uma experiência tão rica quanto a da versão para PC. Portanto, não sinto que haja qualquer perda nas diferentes plataformas”, declarou Camarillo.
Assim como no primeiro jogo, Crysis 2 terá missões com objetivos que permitirão ao jogador escolher sua abordagem da forma que achar melhor. A tecnologia da Nanosuit 2 foi alterada para dar ênfase aos dois estilos mais utilizados no último jogo. “Há duas coisas que os jogadores tendem a fazer, jogar como caçadores, ou como tanques. Portanto a roupa terá duas habilidades primárias, você pode escolher entre a invisibilidade ou invencibilidade e alternar entre duas sub-habilidades: tática ou poder”.
No modo “tanque”, a armadura age como um escudo, gastando energia para absorver ataques, podendo ser associada a dois modos suplementares: o tático, que identifica a localização dos inimigos e todas as informações relevantes, e o modo de poder, que permite feitos de força como saltos entre prédios, destruição de paredes ou o uso ocasional de armas pesadas. O modo furtivo também permite todas essas coisas, mas de uma maneira menos agressiva. O jogador pode caçar sem ser detectado, emboscando seus oponentes e alternando entre as modalidades sempre que necessário. A armadura terá também um sistema de pontos, que vai permitir a customização de habilidades, mas as opções não foram detalhadas.
A destruição do cenário torna os ambientes bastante dinâmicos, de forma que o uso de cobertura, tanto pelo jogador quanto pelos inimigos, torna-se algo passageiro. O cenário urbano permite a livre movimentação em vários níveis. O personagem pode saltar entre prédios ou correr pelas ruas, escolhendo o caminho mais apropriado para cada missão. Crysis 2 se passará em 2023, três anos após o primeiro, e a cidade de Nova York do jogo terá mais árvores e vegetação do que a original, para quebrar a monotonia visual de uma selva de concreto.
O lançamento de Crysis 2 está marcado para 22 de março de 2011, tendo versões para PC, Playstation 3 e Xbox 360.
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